quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PENSAMENTO DO DIA

PROBLEMA DO PERDÃO
      Emmanuel
      Francisco Cândido Xavier

      A Divina Tolerância não constitui subversão da ordem no campo da justiça.
      O perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com a
renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande caminho
da vida.
      Vejamos a Terra, em sua função de escola de nossos espíritos
endividados e reconheceremos a Bondade Celeste atuando, de mil modos
diversos, cada dia, no serviço de reajuste.
      Aqui, as feridas do corpo apagam o incêndio que ateávamos no
passado, buscando a destruição do próximo.
      Ali, enfermidades de diagnose obscura regeneram nossos velhos
desequilíbrios do estômago ou do sexo.
      Além, padecimentos morais inomináveis solucionam compromissos
pesados, assumidos por nós mesmos, à frente dos nossos semelhantes.
      Acolá, na guerra fria da trincheira doméstica, antigos
adversários permanecem jungidos uns aos outros, nas férreas teias das
circunstâncias que lhes constrangem as almas à experiência comum.
      Enquanto houver dívida em nossa marcha, haverá reajustamento pela dor.
      É que sendo Deus, Amor e Sabedoria, nossas ofensas não Lhe
atingem a Magnificência e o Esplendor.
      Nossas faltas atiradas à face do Todo-Compassivo são como
borrifos de lama arrojados ao Sol.
      Somos, porém, descendentes de Sua Luz, e, por isso mesmo, a
Justiça nos rege.
      A Bondade Infinita do Criador ou daqueles que O representam nos
afaga e desculpa sempre, entretanto, nossa consciência jamais nos
perdoa.
      A Lei do Eterno Equilíbrio brilha em nós, indicando-nos o
caminho da Ascensão quando nos achamos quites com os seus decretos de
Bênçãos ou da reabilitação, se nos constituímos seus devedores.
      Tenhamos, desta forma, cuidado em não tisnar a alvura de nossa
vestimenta interior, ou então, empenhemos nossas melhores energias por
refazer-lhe a brancura, porquanto, amanhã, a vida nos pedirá contas do
tempo e dos recursos que nos foram emprestados, e, não nos
ausentaremos do círculo escuro de nossas defecções morais, enquanto
não formos perdoados por nosso tribunal íntimo, de vez que, como
criaturas de Deus, desejamos senhorear a Sublime Herança que nos é
reservada, não à conta de mendigos ou mercenários da Graça Divina,
mas, na posição de Filhos Redimidos de Nosso Pai Celestial.

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