Irmã
Dulce nasceu Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes em 1914 e, desde
jovem, demonstrou profundo espírito de caridade. Perdeu a mãe, Dulce,
aos 7 anos, e recebeu o nome da progenitora em sua homenagem, ao
ingressar na Congregação das irmãs Missionárias da Imaculada Conceição
da Mãe de Deus.
Divulgação |
Imagem de irmã Dulce distribuída em santinhos |
Sua vida religiosa começou em Sergipe, mas foi em Salvador que ela passou a maior parte da vida.
Irmã Dulce se destacou pela perseverança em conseguir espaço para
atender pacientes e a dedicação em oferecer educação e atividades
culturais. Chegou inclusive a ocupar um galinheiro para atender 70
doentes.
Seus esforços se materializam em colégios, conventos, centros culturais e
hospitais. "Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós
aceitaremos. Essa é a última porta e por isso eu não posso fechá-la",
afirmava a religiosa.
Ela se dedicou ao atendimento a presidiários, mães lactantes, doentes, pobres, crianças, operários.
Leia abaixo a cronologia de vida e do processo de santificação da nova beata brasileira.
1914: Nasce Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em 26 de maio, em Salvador.1921: Perde a mãe, Dulce, que morreu aos 26 anos de idade.
1932: Forma-se em professora pela Escola Normal da Bahia.
1933: Em janeiro, faz a profissão de Terceira Franciscana, recebendo o nome de irmã Lúcia e, um mês depois, ingressa na Congregação das irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Sergipe. Seis meses depois, recebe o hábito das irmãs e, em homenagem à mãe, recebe o nome de irmã Dulce.
1934: Emite a profissão de votos simples e se muda para Salvador, onde trabalha na abertura do Hospital Espanhol, exercendo as funções de enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio-X.
1936: É uma das fundadoras da União Operária São Francisco (atual Círculo Operário da Bahia), a primeira organização operária católica da Bahia.
1937: Professa votos simples perpétuos.
1939: Inaugura um colégio em Salvador para operários e seus filhos, atendendo 600 pessoas no total.
1949: Ocupa um galinheiro ao lado de um convento, onde começa a cuidar de 70 doentes.
1959: Funda a Associação Obras Sociais irmã Dulce.
1976: Falece seu pai, Augusto Lopes Pontes.
1980: Encontra o papa João Paulo II pela primeira vez.
1981: Cria a Fundação irmã Dulce.
1983: Inaugura o novo Hospital Santo Antônio, com 400 leitos.
1988: É indicada pelo então presidente José Sarney, com o apoio da Rainha Silva, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz.
1990: É internada com problemas respiratórios.
1991: Recebe a visita de João Paulo II pela última vez.
1992: Falece aos 77 anos e é sepultada na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador.
1999: A Arquidiocese de Salvador publica edital solicitando que todos os fiéis comuniquem notícias relacionadas à fama de santidade de irmã Dulce.
2000: É aberto o Processo Canônico sobre a vida, virtudes e fama de santidade de irmã Dulce. Seus restos são trasladados para a Capela do Convento Santo Antônio, em Salvador.
Divulgação |
A sergipana Claudia Cristiane Santos Araujo recebeu o milagre atribuído a irmã Dulce |
2001: É relatado um milagre alcançado por intercessão de irmã
Dulce, que passa a ser estudado e tem a validade jurídica reconhecida
pela Congregação para a Causa dos Santos.
2003: Um Tribunal Eclesiático é instalado para estudar o caso do possível milagre atribuído a irmã Dulce.
2007: Durante a cerimônia que canonização de Frei Galvão, o então governador de São Paulo, José Serra, entrega ao papa Bento XVI uma carta solicitando a beatificação de irmã Dulce.
2009: Após voto favorável e unânime da Congregação para a Causa dos Santos, Bento 16 reconhece as virtudes heroicas da religiosa, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana.
2010: As relíquias de irmã Dulce são retiradas de seu túmulo, onde estavam depositadas desde 2000, quando começou o processo de beatificação.
2011: A religiosa é beatificada como 'bem-aventurada Dulce dos pobres' em cerimônia no dia 22 de maio, em Salvador. Bento 16 fixa o dia 13 de agosto como data da festa da nova beata. Para que seja iniciado o processo de canonização, é necessário que um novo milagre, alcançado após a beatificação, seja relatado.
2003: Um Tribunal Eclesiático é instalado para estudar o caso do possível milagre atribuído a irmã Dulce.
2007: Durante a cerimônia que canonização de Frei Galvão, o então governador de São Paulo, José Serra, entrega ao papa Bento XVI uma carta solicitando a beatificação de irmã Dulce.
2009: Após voto favorável e unânime da Congregação para a Causa dos Santos, Bento 16 reconhece as virtudes heroicas da religiosa, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana.
2010: As relíquias de irmã Dulce são retiradas de seu túmulo, onde estavam depositadas desde 2000, quando começou o processo de beatificação.
2011: A religiosa é beatificada como 'bem-aventurada Dulce dos pobres' em cerimônia no dia 22 de maio, em Salvador. Bento 16 fixa o dia 13 de agosto como data da festa da nova beata. Para que seja iniciado o processo de canonização, é necessário que um novo milagre, alcançado após a beatificação, seja relatado.
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